Verão de 2023 foi o mais quente em 2 mil anos no hemisfério norte, diz estudo

2024-05-16T12:12:22+00:00

El Niño, que coincidiu com o calor intenso do verão de 2023, contribuiu para a amplificação das ondas de calor

O verão de 2023 ficou marcado na história como o mais quente em cerca de 2 mil anos, revelou uma nova pesquisa divulgada nesta terça (14). O calor intenso, que causou incêndios no Mediterrâneo, fechou estradas no Texas e rompeu redes elétricas na China foi tão significativo que não apenas estabeleceu novos recordes, mas também desafiou as medições históricas.

Os cientistas, em dois estudos distintos, declararam que o período de junho a agosto do ano passado foi o mais quente desde que os registros meteorológicos começaram na década de 1940. No entanto, um dos estudos, publicado na revista Nature, foi ainda mais longe ao comparar os registros de temperatura de meados de 1800, demonstrando que o calor de 2023 colapsou as temperaturas e bateu recordes históricos.

O estudo, liderado por cientistas europeus, apontou que as temperaturas médias durante o verão de 2023 foram 2,07 °C mais altas do que as médias pré-industriais. Utilizando dados de anéis de árvores, os pesquisadores concluíram que os meses de verão do ano passado foram em média 2,2 °C mais quentes do que a temperatura média estimada entre os anos 1 e 1890.

O coautor do estudo, Jan Esper, cientista climático da Universidade Johannes Gutenberg, na Alemanha, destacou a magnitude do aquecimento global ao longo da história. Ele ressaltou que o padrão climático El Niño, que coincidiu com o calor intenso do verão de 2023, contribuiu para a amplificação das ondas de calor, gerando períodos mais longos e severos de temperatura elevada e seca.

Além disso, outro estudo publicado na revista PLOS Medicine revelou as consequências mortais das ondas de calor. Mais de 150 mil mortes em 43 países foram atribuídas a ondas de calor entre 1990 e 2019, representando cerca de 1% das mortes globais. Este número é comparável ao número de vítimas da pandemia da Covid-19.

*Com informações da Reuters

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