No Carnaval de Salvador de 2025, a Ambev e a Prefeitura da cidade foram apontadas como responsáveis pela exploração de 303 vendedores ambulantes, que trabalhavam em condições análogas à escravidão. A fiscalização realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) entre 19 de fevereiro e 4 de março revelou que os trabalhadores enfrentaram jornadas de até 20 horas por dia, sem descanso adequado, moradia precária e ausência de condições mínimas de higiene.
A Ambev foi responsabilizada por atuar como empregadora direta, pois controlava a comercialização e as condições de trabalho dos ambulantes. A Prefeitura de Salvador, por sua vez, também foi responsabilizada por não garantir a fiscalização efetiva, permitindo que a empresa impusesse tais condições degradantes. Ambos foram notificados e devem arcar com as consequências legais e trabalhistas.
Os trabalhadores, que precisaram dormir nas ruas ou em barracas improvisadas, enfrentaram também a falta de segurança e expostos às intempéries e violência. Em resposta, a fiscalização garantiu a eles o acesso ao seguro-desemprego e aos direitos trabalhistas.
Este caso traz à tona a realidade de milhares de trabalhadores que, muitas vezes, são forçados a cumprir jornadas exaustivas, sob péssimas condições, e sem garantias mínimas de dignidade e respeito aos direitos humanos. A luta por um trabalho digno continua, e a responsabilidade das empresas e dos governos deve ser cobrada.
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